Na cultura da espionagem, é comum que os agentes tenham codinome. Kim Philby era “Stanley”; Markus Wolf era conhecido pela inteligência ocidental como o “homem sem rosto” e David John Moore Cornwell, cujo pseudônimo, para o grande publico, é John le Carré, que realmente foi espião durante a guerra fria, tornou-se um grande escritor do gênero espionagem, ficou famoso com o romance O espião que saiu do frio.
Diferente
de Ian Fleming, que criou a
personagem James Bond (o famoso
007), John le Carré criou o pacato,
mas sagaz, George Smilley, que é
equivalente a Bond. Smilley é
considerado mais fidedigno à realidade da espionagem do que 007.
Esses autores tiveram
suas obras adaptadas para o cinema, mas John le Carré teve suas obras também adaptadas para TV. É o caso
de A garota do tambor, que, além da sua transposição para o cinema em
1983, foi estrelada por Diane Keaton e Klaus Kinski. O livro ganha, agora, uma
nova adaptação para TV produzida pela BBC com parceria com AMC que estreiou na
última segunda, dia 20 de novembro de 2018.
A nova
adaptação, com Michael Shannon; Alexander Skarsgard e Florence Pugh, diferente
de O gerente noturno, que adaptava a série para época atual, A garota do tambor
mantêm a história nos anos 70.
Na série, somos apresentados a Charlie (Florence
Pugh), uma atriz que é recrutada pelo agente Kurtz (Michael Shannon) (membro serviço de inteligência israelense) para se infiltrar num grupo palestino que está
realizando atentados a bomba contra Israelenses. No decorrer da missão, Charlie se solidariza com a causa palestina colocando a missão em risco.
Com direção de Park Chan–Wook (diretor de Hellboy a versão que vale), os dois
primeiros episódios apresentam ao telespectador as táticas usado pelo Mossad, desde o recrutamento de Charlie, a preparação do seu disfarce e o
sequestro de Salim (um dos lideres Palestinos). Park Chan conduz a trama com maestria.
Aqui no Brasil, as obras de John Le Carré são publicadas pela editora Record. O livro que foi publicado no país nos anos 80, agora só é encontrado em sebos. Existe a possibilidade que a editora realize uma nova edição da obra, assim como fez com O espião que sabia demais e O gerente noturno.
Eu mesmo
tenho duas edições do livro. Tenho
uma pequena coleção dos livro do mestre da espionagem na minha pequena
biblioteca. Comprei metade deles essa ano e pretendo ler o mais rápido possível.
Dos que eu li, O Espião que Sabia demais e o Homem Mais
Procurado. Infelizmente tive que parar de ler O Espião que saiu do Frio por
força maior, mas com as férias ai na porta Espião que saiu do Frio e a
biografia de David John Moore Cornwell são leituras certas.