Em "A Queda", o diretor Scott Mann nos apresenta a história de Becky (Grace Caroline Currey) e Hunter (Virginia Gardner), duas amigas que buscam aventura e enfrentam grande alturas em suas escaladas.
Após passarem por uma experiência traumática, elas tentam se reconectar com o que mais amam. Para isso, as duas decidem escalar uma remota torre de tv abandonada com mais de 600 metros de altura.
Parecia que tudo daria certo para superarem o trágico acontecimento, mas elas não contavam que ficariam presas e isoladas naquele lugar sem sinal de celular, sem energia e sem ninguém por perto.
Trata-se daquele tipo de história onde personagens estão "naufragados", isolados, testando sua resiliência e defrontando uma situação que a morte parece inevitável sem nenhuma perspectiva de resgate.
Fora o requinte do cenário parecer uma prova de resistência do BBB, ou melhor do Squid Game pela consequência que pode acarretar, pois não estão a palmo de distância do gramado da casa mais vigiada do Brasil.
No alto da torre só há uma pequena plataforma onde mal cabem as duas de pé. Assim, suas energias vão se exaurindo com o passar das horas, trazendo senso de urgência para o filme em um efeito bomba relógio do roteiro.

Em quase duas horas de filme, o diretor Scott Mann, apresenta poucas cenas de tirar o folego que justifiquem uma experiência na telona do Cinema.
Por mais que tenha gostado do filme e há um público que goste deste tipo de obra, levando em conta a dinâmica atual do mercado, acredito que ele funcionaria muito melhor no streaming.
Com uma trama minimalista e produção de pequeno escopo, talvez tenha um alcance de público muito maior quando chegar no home video. O próprio fato deste texto ter referenciado duas produções televisivas já reforça essa tese.
"A Queda" tem estreia marcada para dia 29 de setembro nos cinemas brasileiros
Nota 6,5