Perícia Lab: o novo true crime do canal AXN


O canal AXN estreia no dia 17 de outubro, às 22h55, "Perícia Lab". Apresentando pelo ator André Ramiro, o programa vai recriar casos de crimes reais pelo ponto de vista do perito criminal. No Show, especialistas vão analisar histórias reais em um laboratório cenográfico para realizar experiencias forense para falar sobres os casos. 

Ricardo Salada (perito criminal) e Telma Rocha (fotografa pericial), que já trabalharam em casos como de Elize Matsunaga, vão explicar como funcionam as investigações no dia a dia da policia. Tudo isso conduzido pelo ator carioca André Ramiro. 

"Eu acho o universo da investigação muito interessante e, modéstia à parte, vou me permitir dizer que eu seria um bom investigador. Porque séries como ‘C.S.I.' e outras são séries que tenho verdadeira paixão e que, geralmente, me imagino fazendo um personagem como aquele. O mais interessante desse universo é a parte psicológica e intuitiva da coisa. Eu geralmente sou ligado a esse tipo de tema e o 'Perícia Lab' está sendo uma novidade, me permitindo ter acesso a um universo que eu não tinha acesso". 

No primeiro episódio intitulado "Sem pé nem cabeça" o telespectador será apresentado a um caso que parou a cidade de São Paulo. Quando vários pedaços de corpo com e sem pele são encontrados em sacos de lixo em diferentes locais do centro, próximo ao cemitério da Consolação é hora da pericia criminal entrar em ação para poder dar respostas. 

Durante esse episódio os peritos vão realizar vários experimentos, sendo eles: reconstituição facial 3D, teste de reconhecimento de rosto, análise de ferimentos e instrumentos de corte  

O telespectador vai poder acompanhar da sala da sua casa todo o processo investigativo que os policias fazem para desvendar os crimes mais bizarros.  Acompanhe agora uma pequena entrevista com André Ramiro, Ricardo Salada e Telma Rocha

André Ramiro:

Como você define o Perícia Lab?  

AR: Eu defino o Perícia Lab como um doc reality. Um programa interessante, de um universo que a gente não tem muito acesso e que eu acredito que vai ser sucesso. Porque tem esse frescor. Até então, não existia programa no Brasil com esse formato. Temos o privilégio da novidade e acho que o espectador vai gostar muito. 

Como é a experiência de narrar uma série documental brasileira em formato documental? 
 
AR: Foi muito intenso. O universo forense é muito técnico, tem termos que não são naturais para pessoas que não participam. Mas acredito que vai dar acesso ao espectador a esse mundo. Também foi puxado porque tem muito texto - e a gente vai buscando sempre a melhor interpretação, mas está sendo muito proveitoso e divertido. A série traz um pouco de ironia e bom humor para trazer o espectador para perto. 

Fale um pouco da sua trajetória no cinema. 

AR: É um tanto peculiar. Antes de me tornar ator, eu participava de batalhas de MC. Fui campeão de algumas edições da primeira batalha de MC`s do Brasil - a batalha do Real. E até então eu tinha o sonho de gravar o meu disco. Mas um amigo que eu conheci deu o meu nome para o pessoal da produção do filme “Tropa de Elite”, me ligaram me chamando para fazer um teste e, a partir daí, as coisas foram acontecendo. O mais interessante disso é que, antes de estar diante das telas, eu estava diante das salas - eu trabalhava como porteiro de cinema, pegando bilhete, recebendo as pessoas. O universo é muito poderoso, né? Quando a gente brinca de imaginar onde a gente quer estar, de uma maneira genuína, ele te dá as oportunidades. O universo faz conspirar a favor para que você chegue lá. Sonha. O bom é brincar de imaginar - e se preparar para este momento. 

Com o “Tropa de Elite” e agora com o “Perícia Lab”, você acha que tem alguma relação com o tema crime? Você se identifica?

AR: Por ter feito o “Tropa de Elite”,sou bastante ligado a esse tema. Eu acho o universo da investigação muito interessante e, modéstia à parte, vou me permitir dizer que eu seria um bom investigador. Porque as séries “C.S.I”, “Mindhunter”, entre outras, são séries que tenho verdadeira paixão e que, geralmente, me imagino fazendo um personagem como aquele. O mais interessante desse universo é a parte psicológica e intuitiva da coisa. Eu geralmente sou ligado a esse tipo de tema e o “Perícia Lab” está sendo uma novidade, me permitindo ter acesso a um universo que eu não tinha acesso, assim como para o espectador. 

Comente o que achou mais impressionante até agora nos crimes? 
 
AR: Eu já pensava nessa forma, mas tendo acesso a essas histórias que a gente narra no programa, a gente chega a conclusão de que realmente a realidade assusta muito mais que a ficção. Tem casos que são tão trágicos que chegam a ser engraçados. Certas atitudes ou certas mentiras que o criminoso conta para tentar se safar, mas que não adiantam de nada. Acho que o espectador vai se divertir bastante com o nosso programa. Tem casos que espectador vai olhar e pensar: não acredito que essa pessoa fez isso? Faz parte da natureza humana, de certa forma. Tem pessoas que desenvolvem um lado da sua natureza que são realmente bizarros e assustadores. 

E a técnica mais impressionante utilizada? 
 
AR: A técnica que me chamou mais atenção foi a com luminol. A gente vê em filmes que o assassino limpa o sangue, limpa as impressões digitais… mas tem um líquido, chamado luminol, que acusa a qualidade do sangue e até o DNA e o frescor do sangue. Tem uma história em que o criminoso pisa no sangue e limpa o sapato, mas passam o luminol e descobrem que tinha o sangue da vítima ali. 

É a sua primeira experiência como narrador/apresentador de uma série? 
 
AR: De fato, é a minha primeira experiência. Já apresentei outras coisas, já fui mestre de cerimônia, mas considero que essa foi a primeira oportunidade como apresentador. Estou muito grato e muito honrado por terem pensado em mim. 

Você já disse que é fã do gênero. O que acredita que mais vai atrair o público nessa produção?

AR: Os fãs do gênero têm que assistir porque eles vão ter a chance de conhecer um pouco mais desse universo além do que se vê nas séries ficcionais. Vamos falar de crimes reais e de alguns que até se tornaram muito famosos aqui no Brasil. E vamos apresentar os profissionais que trabalham na área e dar acesso a esse universo de uma maneira muito interessante. Para quem quer se tornar um detetive ou um perito ou só aspira esse mundo, vale muito a pena assistir. 

Ricardo Salada 
 
Como você define o Perícia Lab? 
 
RS: Eu defino como algo extremamente prazeroso. Nada é mais prazeroso do que transmitir para as pessoas o que te faz feliz. E o meu trabalho me faz muito feliz. “Perícia Lab” está reconhecendo o que fazemos. Conseguir divulgar parte do nosso conhecimento para a população é extremamente gratificante. 

Como pretende emprestar sua experiência de campo para a série? 
 
RS: Eu sou uma pessoa que não escondo nada. Acho que as pessoas que querem ver a série, querem ver como funciona a perícia no Brasil. A gente vai tentar transmitir qual a atuação do perito criminal, do fotógrafo técnico pericial e outras carreiras dentro da nossa realidade - e não da realidade de outros países. 

Poderia comentar a forma de investigação no seu trabalho de perito criminal? 

RS: A investigação é detalhe, é você conseguir levantar provas, levantar evidências. Trazer aos olhos nus o que está latente. Tem que trazer essa revelação, estudar essa evidência, relacionar essa evidência com o crime e tornar prova dentro de um processo judicial. 

Que detalhes interessantes você pretende revelar para o público que é fã de séries criminais? 
RS: A verdade. Algumas séries criminais têm uma colocação muito utópica: uma pessoa consegue deixar um vestígio que leva diretamente ao autor do crime. Mas, na realidade, não é isso o que acontece. O que temos é a parte de um vestígio, a parte de algum resíduo que temos que analisar isso comum todo. Às vezes, alguns filmes tornam a perícia algo fácil. Mas não é nada fácil - pelo menos aqui no Brasil. Não temos um período de folga. A gente quer esclarecer, quer ver o resultado que o laboratório fez com a mostra que a gente acha que é importante, que a gente acha que vai elucidar o caso. A gente sempre fica com a expectativa de que todo o trabalho, tanto do perito de campo quanto do perito de laboratório, se concatene de uma forma que o resultado seja positivo lá na frente .É todo um trabalho de várias pessoas que visam a elucidação de um crime. 

Como pretende auxiliar nas reconstituições dos crimes? 

RS: Eu trabalhei muito tempo em reprodução simulada. A gente trabalha para tentar formar uma cena, dentro das possibilidades, o mais real possível. Para poder transmitir para as pessoas que estão acompanhando que o detalhe é extremamente importante, que o trabalho de cada um da equipe é extremamente importante. O perito de campo tem a responsabilidade de fazer aquela coleta, fazer a análise no campo. Mas o resultado é sempre do trabalho da equipe. 

Telma Rocha 

Como você define o Perícia Lab? 
 
TR: Eu defino o Perícia Lab como um experimento muito bacana no Brasil. Porque estamos tendo a oportunidade de mostrar o que acontecendo local do crime.

Como pretende emprestar sua experiência de campo para a série? 

RS: Retratando como exatamente uma cena de crime acontece. Tem que ter o fotógrafo para registrar tudo - e isso não deixa de ser a fixação da prova. Estou perpetuando aquela prova numa imagem. 

Como pretende auxiliar nas reconstituições dos crimes? 
 
RS: A reconstituição do crime na vida real é uma das partes mais interessantes da perícia porque é quando você tem a possibilidade de ver o contraditório acontecendo. Aqui, é gostoso reconstituir a cena porque é reviver aquela cena e saber que deu certo, e lembrar de quão importante você foi naquele momento.