Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan | Crítica


"Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan" é a mais nova adaptação da obra de Alexandre Dumas para os cinemas. Trata-se de um projeto dividido em duas partes. A sequência, "Os Três Mosqueteiros: Milady" está prevista para ser lançada já no final deste ano.

Na trama, acompanhamos o jovem D'Artagnan (François Civil) chegando à Paris com um único objetivo em mente: tornar-se um mosqueteiro da guarda do rei Louis XIII (Louis Garrel). Ocorre que, antes mesmo de se tornar um protetor real, ele se vê em um duelo com três dos melhores espadachins da tropa: Athos (Vincent Cassel), Aramis (Romain Duris) e Porthos (Pio Marmaï). Além disso, ele se envolve em um conflito palaciano que pode mudar o destino da França e da Inglaterra.


Um dos trunfos desta nova adaptação é a pegada de espionagem em um cenário político de intrigas palacianas do século XVII. Esse clima ajuda a desenvolver o enredo e a dinamizá-lo. Outro ponto que merece destaque são as cenas de ação, principalmente a cena do duelo de D’Artagnan com os três mosqueteiros, que se torna o duelo dos quatro com a guarda do cardeal Richelieu (Eric Ruf).

E, mesmo para os mais familiarizados com a obra de Dumas, o diretor Martin Bourboulon consegue desenvolver um ótimo senso de mistério e tensão explorando os carismáticos personagens. Apesar disso, um dos defeitos do longa é que alguns dos personagens centrais poderiam ser melhor desenvolvidos.


Nessa era em que os super-heróis do cinema estadunidense dominam o mundo, "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan" mostra que ainda há espaço para aventuras capa e espada. Com um bom ritmo e maravilhosas cenas de ação, o filme se apresenta como uma ótima alternativa para quem está cansado dos costumeiros blockbusters hollywoodianos.

Nota: 9