Asteroid City | Crítica

Novo longa do cineasta Wes Anderson, "Asteroid City" se passa em uma cidade fictícia no meio do deserto americano, durante a década de 1950. A história se inicia durante uma convenção de Observadores Cósmicos Jr., destinada a reunir pais e alunos em uma competição estudantil. No entanto, o encontro é abruptamente interrompido por uma série de eventos de impacto global.

A narrativa é conduzida através de duas linhas temporais que se alternam entre cenas distintas. As sequências em preto e branco se dedicam a retratar a criação e os bastidores de uma peça teatral escrita por Conrad Earp (Edward Norton). Enquanto as cenas coloridas dão vida à história concebida pelo dramaturgo.

Os pontos mais notáveis da produção remetem às assinaturas que caracterizam a carreira de Anderson: sua estética visual altamente estilizada e simétrica. Cada enquadramento da câmera beira a perfeição, com composições de cores vívidas e cenários meticulosamente planejados. Isso culmina no fato de estarmos, de certa forma, assistindo a uma representação teatral dentro do próprio filme.

Outro traço distintivo do diretor presente em "Asteroid City" é o elenco extenso e estrelado, repleto de atores recorrentes em sua filmografia. O filme conta com a participação de Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Jeffrey Wright, Tilda Swinton, Bryan Cranston, entre outros.

Entretanto, "Asteroid City" não é isento de falhas. Com duração de 1h45, torna-se desafiador administrar um roteiro repleto de personagens, mesmo que muitos façam apenas aparições especiais, como no caso dos músicos Seu Jorge e Jarvis Cocker. A presença de tantos atores em tela acaba comprometendo o ritmo da trama, tornando-a cansativa em diversos momentos.

Nota: 5

"Asteroid City" está em exibição nos cinemas.