Realizar um filme de ação não é uma tarefa fácil. O
principal é pensar nas cenas de ação e como filmá-las. Depois, preencher o
filme com uma trama que se alterne entre as tão aguardadas cenas de porrada.
Mas filmes como John Wick podem ser um caso raro, visto que muitos diretores muitas vezes não se importam com a trama que vai conduzir as cenas de ação, e esse é o caso do lançamento desta quinta-feira: "Contra o Mundo", com Bill Skarsgard.
Um dos grandes problemas de "Contra o Mundo" é em relação à sua divulgação. O trailer leva a crer que teremos uma história no estilo do clássico brucutu "O Sobrevivente", com Arnold Schwarzenegger, mas no final das contas, temos uma trama desinteressante que acaba cansando o público.
Não vejo problema nenhum da trama não ser parecida com "O Sobrevivente", mas o que incomoda no longa dirigido pelo diretor Moritz Mohr são as cenas que motivam a ação do filme. A trama não é interessante, o que é uma pena, porque tinha um grande potencial de ser um filme com clima do gênero beat em up dos games, mas por focar apenas em grandes cenas de ação e no gore, o diretor esqueceu de contar uma boa história para prender o público.
O filme não desenvolve bem o universo em que o enredo se passa. Temos uma espécie de "Jogos Vorazes", aqui chamado de "O Abate", que é televisionado, mas é isso. O Xamã é o típico oriental que treina "Boy", mestre sem pena, espanca o moleque porque quer que ele seja um grande guerreiro. Os personagens são um acerto, mas não são bem aproveitados. Destaco aqui "June27", que além de ter uma boa caracterização, me fez lembrar o Rinzler, de Tron: O Legado.
Nota: 4/10