O aclamado diretor Darren Aronofsky, indicado ao Oscar por Cisne Negro e responsável por filmes como Réquiem para um Sonho e Mãe!, está de volta — mas agora mergulha em um território um pouco diferente: o dos thrillers policiais com pitadas de humor sombrio e absurdos urbanos. Seu novo filme, “Ladrões”, acaba de ganhar pôster oficial e teve sua estreia no Brasil confirmada para o dia 28 de agosto, com distribuição da Sony Pictures.
Na trama, conhecemos Hank Thompson, vivido por Austin Butler (Elvis), um ex-promessa do beisebol que agora leva uma vida pacata como barman em Nova York. Hank tem uma namorada incrível (interpretada por Zoë Kravitz, de The Batman) e torce apaixonadamente por seu time em uma campanha improvável pelo título. Mas a tranquilidade não dura muito.
Tudo muda quando seu vizinho excêntrico, Russ (vivido por Matt Smith, de A Casa do Dragão), pede um favor simples: cuidar de seu gato por alguns dias. A partir daí, Hank se vê no meio de uma teia de violência, paranoia e gângsteres bizarros — todos atrás de algo que ele não entende. E no centro disso tudo? O tal gato. Sim, o felino é peça-chave no quebra-cabeça que envolve traições, segredos e muito sangue.
O longa é baseado no livro “Caught Stealing”, de Charlie Huston, que também assina o roteiro da adaptação. No elenco, além de Butler, Kravitz e Smith, estão nomes de peso como Regina King (Watchmen), Liev Schreiber (Spotlight), Vincent D’Onofrio (Demolidor), Griffin Dunne, Carol Kane e o multifacetado Benito A Martínez Ocasio, mais conhecido como Bad Bunny, que volta ao cinema após sua participação em Trem-Bala.
Aronofsky, conhecido por explorar personagens em colapso emocional e por estilizar o caos com uma estética sempre provocativa, promete algo inusitado aqui: um suspense urbano que brinca com o absurdo, mas sem perder a tensão de um bom noir contemporâneo. A presença do gato — e de um protagonista deslocado, em constante negação do que está acontecendo — pode lembrar os Coen, mas com a carga existencial típica de Aronofsky.
“Ladrões” estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto e é mais um passo ousado na carreira do diretor — e um possível novo fôlego para Butler, que desde Elvis vem se consolidando como um dos nomes mais interessantes da nova geração de Hollywood.