Bizarros Peixes das Fossas Abissais | Crítica

A animação nacional "Bizarros Peixes das Fossas Abissais" narra a aventura que une uma jovem mulher com superpoderes peculiares, uma tartaruga com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e uma nuvem com incontinência pluviométrica em uma jornada incomum que terminará nas profundezas do oceano.

De Rio de Janeiro a Belgrado, passando por Nilópolis e Araraquara, o trio busca de fragmentos de um vaso que contém um mapa indicando a localização de uma planta capaz de curar o Alzheimer do avô da garota, enquanto disputam as peças com rinocerontes espaciais.

Trata-se de uma história nonsense, cheia de humor e com pitadas acerca de temas mais maduros, como tantas animações modernas que são exibidas no Cartoon Network.

Ao mesmo tempo, a produção ainda possui um sentimento típico que, além do traço, lembra os célebres cartunistas dos periódicos impressos brasileiros.

Além disso, há momentos que nos remetem a animações clássicas, como o extenso segmento sem diálogos no fundo do mar, quando a animação se alinha à música em uma coreografia contemplativa.

Quanto a mixagem de som, em alguns momentos parece que o registro dos dubladores não se integram  com o todo, como se faltasse uma cama de textura que preenchesse todo o espaço sonoro. A construção de uma paisagem cênica não se limita apenas ao visual, mas também ao som. E este aspecto torna-se contrastante nas ocasiões em que a excelente trilha musical assume o filme.

No elenco de vozes, temos Natália Lage dublando a protagonista, Rodrigo Santoro dando voz à tartaruga e Guilherme Briggs interpretando a nuvem.

"Bizarros Peixes das Fossas Abissais" estreia nos cinemas em 25 de janeiro.