Wish: O Poder dos Desejos | Crítica


Em "Wish: O Poder dos Desejos", acompanhamos Asha (Ariana DeBose), uma menina de 17 ano do Reino de Rosas que almeja tornar-se assistente do grande Magnífico (Chris Pine). No entanto, ao descobrir as más intenções dele, a jovem faz um pedido às estrelas e ganha um aliado poderoso para enfrentá-lo.

Embora "Wish: O Poder dos Desejos" devesse ser um lançamento especial para celebrar o centenário da Disney, o filme não passa de uma colcha de retalhos de referências aos grandes clássicos do estúdio.

Apesar de apresentar uma animação bonita, a produção falha em vários outros aspectos, sendo o principal deles a ausência da autoproclamada "Magia Disney". Geralmente, as obras mais lembradas da empresa, que carregam essa aura, também conseguem emplacar grandes músicas, mas aqui não há uma canção impactante.

Como mencionado, o longa incorpora várias referências ao longo da trama, mas isso parece servir apenas para gerar conteúdo para as redes sociais, já que o público-alvo, as crianças, provavelmente irá ignorar completamente.

No entanto, nem tudo são problemas. Para os espectadores mais atentos, a história pode oferecer uma análise interessante. Tanto Asha quanto Magnífico desempenham papéis que nos levam a refletir sobre o papel da Disney no mercado de entretenimento. Enquanto a protagonista representa uma nova Disney inclusiva e progressista, o vilão personifica a Disney antiga que aprisionava os sonhos das crianças.

Outro ponto a se considerar é pensar na trama como uma prequela de todas as animações da companhia visto que, ao final, Magnífico fica preso em um espelho, possivelmente o mesmo que cairia nas mãos da Bruxa da Branca de Neve.

Contudo, esses elementos não são suficientes para tornar "Wish: O Poder dos Desejos" um filme memorável no centenário da Disney, sendo mais um exemplo que demonstra que o estúdio não possui mais a mesma força que tinha antigamente.

Nota: 5

"Wish: O Poder dos Desejos" estreia em 4 de janeiro nos cinemas.