No longínquo ao de 1993 estreava nos cinemas "Super Mario Bros.", a primeira adaptação da franquia mais famosa de jogos da Nintendo e quiça de toda a industria de videogames.
Contudo, abaixo da crítica, o filme foi um retumbante fracasso de público que nem se pagou nas bilheterias.
Agora, três décadas depois em mundo totalmente diferente no que diz respeito ao tratamento dado as propriedades intelectuais, Mario e sua turma finalmente receberam uma nova chance nas telonas.
Diferente da mal fadada produção que optou pelo live action, a nova aventura do encanador bigodudo chega em uma colorida e exuberante animação. Ela foi feita em parceria com a Illumination, a mesma produtora de "Meu Malvado Favorito" e "Minions". E conta com um elenco de vozes encabeçado por nomes como Chris Pratt, Anya Taylor Joy, Charlie Day e Jack Black, na dublagem em inglês.
Na trama, Mario e Luigi são transportados para o Reino Cogumelo. Durante essa viagem os dois se separam e Mario descobre que seu irmão está no caminho do vilanesco Bowser, que pretende dominar o mundo fazendo uso de um poderoso artefato. Desta forma, ele recebe a ajuda da Princesa Peach para salvar a todos e o seu irmão.
Os jogos da série "Mario Bros.", são marcantes por vários motivos, como fases, inimigos, passagens secretas, itens e desafios. Contudo, a trilha sonora é um dos elementos mais marcantes. E essas musicas são muito bem aproveitadas pelo filme, como a clássica "Overworld".
Outro ponto positivo é o uso das referências. Nada de exagerado aparece durante o longa, mas acredito que os mais atentos pesquem muitos easter eggs escondidos.
Mas nem tudo são flores e cogumelos. O maior problema está na forma como a narrativa é conduzida, dividida em blocos, ou melhor, em "fases".
Cada segmento é pontuado por uma música. Por exemplo, quando Mario faz um treinamento toca "Holding Out For A Hero" da Bonnie Tyler. Ou quando é preciso chegar em um determinado local com urgência, a vez é de "Take On Me" do a-ah. Isso faz parecer que estamos assistindo a um encadeamento de esquetes de humor, mas nada que atrapalhe a experiência no todo.
Posto isto, “Super Mario Bros. - O Filme” é uma aventura despretensiosa que vai agradar crianças e adultos. E sim, esse retorno do Mario aos cinemas tira o gosto ruim que ficou naqueles que foram traumatizados pela produção de 1993.
Vale ressaltar que assisti a versão dublada em português que está excelente.
Há duas cenas pós-créditos.
Nota 7
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