Diário de uma Onça | Crítica

"Diário de Uma Onça" é um documentário sobre vida animal que nos leva a acompanhar a jornada de três gerações de um linhagem de onças-pintadas que lutam para sobreviver em um Pantanal cada vez mais hostil a espécie.

Apresentando uma narrativa lírica do ponto de vista da jovem Leventina, conhecemos a trajetória de Fera, sua avó e a primeira onça com sucesso reintroduzida na natureza em todo o mundo, e Ferinha, sua mãe.

Quem dá voz a Leventina é a atriz Alanis Guillen, que emprega os mesmos traquejos de linguagem de Juma Marruá, personagem com a qual despontou na novela Pantanal.

Assim, quem assistiu o folhetim televisivo pode sentir-se mais conectados, não apenas devido ao uso de uma voz facilmente relacionável com o público, como é comum em muitos documentários, mas também por ser associada ao tema.

Com imagens deslumbrantes da fauna e flora, "Diário de Uma Onça" destaca a luta dos maiores predadores das Américas em meio aos desafios dos tempos atuais, nos quais seus habitats sofrem com a crescente presença e interferência humana.

O filme ilustra como a vida desses grandes felinos é impactada pela expansão da fronteira agrícola sobre o bioma pantaneiro, assim como pelos efeitos ambientais de desmatamentos e queimadas, que agravam as condições climáticas durante cheias e secas.

Além disso, a produção mostra alguns hábitos comportamentais das onças e destaca o trabalho e a relação desenvolvidos pelos biólogos pesquisadores com esses animais, que contam com o apoio da ONG Onçafari.

"Diário de Uma Onça" estreia nos cinemas em 30 de novembro e estará disponível no Globoplay a partir de 6 de dezembro.